sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Turismo de avistagem de baleias deveria ser incrementado na região lagunar

mirantes porque não?
avistagem de barcos

A temporada de avistamento das baleias francas na região lagunar terminou mais cedo, segundo especialistas “em junho foram avistados 103 mamíferos, um record para o período e isso pode estar ligado a disponibilidade de alimentos e as corrente marítimas”.

O exemplar trabalho realizado por ambientalistas, pesquisadores e entidades ligadas à área não tem a devida correspondência na gestão do Turismo de avistagem desses mamíferos.

Essa dicotomia é fruto da gestão amadora, enganosa, interesseira  que não tem nenhum compromisso com o desenvolvimento sustentável, com a geração de empregos, renda e bens estar das pessoas.

Porque não a democratização do acesso a crédito para treinamentos de pescadores empreendedores que desejarem comprar ou adaptar seus barcos para desenvolver a eco-viagem como atividade econômica e a instalação de mirantes de forma estratégica, etc.

Muitos são os caminhos para incrementar a indústria limpa gerado pelo turismo.

Com a humildade daqueles que procuram soluções: a instalação de fórum unitário sem ranços, para apontar caminhos, delinear projetos viáveis a curto, médio e longo prazo deveria ser perseguido pelos novos gestores eleitos e por aqueles quem pensam as cidades como um lugar bom para se viver e construir suas famílias.

PF alerta portos e aeroportos para evitar fuga de mensaleiros

Presidente STF Ayres de Brito
Após Barbosa reter passaportes, réus entram no Sistema de Procurados e Impedidos
Procurador-geral avisa que vai insistir na prisão imediata dos 25 condenados
Um dia depois da decisão do ministro Joaquim Barbosa, do STF, de reter os passaportes dos 25 condenados do mensalão, a PF incluiu no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos os nomes do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e dos demais réus. O sistema é consultado por agentes em aeroportos, portos e postos de fronteira, antes da autorização para saída do país. Dois ex-sócios de Valério receberam penas de 29 anos e 25 anos de prisão.
O despacho de Joaquim Barbosa foi entregue ontem à direção da PF. O Sinpi contém a relação de todas as pessoas que, por problemas com a Justiça, não podem deixar o país. Na lista também constam os nomes de estrangeiros impedidos de entrar no Brasil. A inscrição no cadastro torna bem mais difícil para qualquer réu deixar o país sem autorização prévia de Barbosa.
A retenção dos passaportes não foi suficiente para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ontem, ele anunciou que vai reiterar o pedido de prisão imediata dos réus condenados no mensalão, para que sejam encarcerados logo após o fim do julgamento. Gurgel já havia feito esse pedido na fase de alegações finais do processo, em agosto.
- Não é uma questão de necessidade (pedir a prisão imediata), mas de dar efetividade à decisão (da condenação). E a Procuradoria Geral da República vai continuar insistindo com a prisão - afirmou Roberto Gurgel.
Ele disse que a entrega dos passaportes dos 25 réus condenados não é impedimento para que ele insista na prisão de todos. O procurador entendeu como normal o fato de Joaquim Barbosa atender a seu pedido:
- É normal no processo penal, que prevê essa medida (sobre os passaportes).
"Não precisa de passaporte"
Os advogados dos réus condenados criticaram e ironizaram a decisão de Barbosa, mas todos os defensores afirmaram que os passaportes de seus clientes serão entregues ao STF.
- É uma medida midiática. Mais importante que a entrega dos passaportes é a manchete de que os réus do mensalão terão que entregar os passaportes - disse Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério.
- Com carteira de identidade, hoje se chega a qualquer país do Mercosul. Não precisa de passaporte - ironizou Hermes Guerrero, advogado de Ramon Hollerbach, antes de saber da inclusão dos réus no Sinpi, que também impede a saída do país com documentos de identidade.
Leonardo Yarochevsky também foi irônico:
- A minha cliente (Simone Vasconcelos) tem dois filhos, tem netos e vai fugir? Vai ficar por aí, andando no meio do mato? Claro que não! É uma medida desnecessária.
Paulo Sérgio Abreu, advogado de Rogério Tolentino, questionou a decisão:
- Rostos mais do que conhecidos como os do Marcos Valério, careca, e do José Dirceu, cabeludo, vão conseguir zanzar por aí sem serem reconhecidos? Eu não acredito. E nem eles!
Marcelo Leonardo também criticou a tentativa de Gurgel de decretar a prisão dos réus:
- É o suprassumo do exagero. Não tem pé nem cabeça. Viola jurisprudência do Supremo.
Leonardo Yarochevsky criticou ainda o procurador:
- Não tem sentido decretar prisão de ninguém antes de esgotados todos os recursos. O procurador quer mudar a Constituição na marra. Não pode e não vai.
José Luis Oliveira Lima , advogado de José Dirceu:
Decisões judiciais devem ser respeitadas e cumpridas, mas isso não quer dizer que não podem ser contestadas, quer pelo acusado, quer pela defesa técnica. Criticar uma decisão, não significa desrespeitar o Poder Judiciário. Vivemos em um país livre, numa democracia, onde a liberdade de expressão é a regra e faz parte do Estado Democrático de Direito. O passaporte do meu cliente será entregue hoje.
Fonte: O Globo


Nota do Ex-Ministro José Dirceu
A decisão do relator Joaquim Barbosa de apreeNota do Ex-Ministro José Dirceunder os passaportes dos réus da Ação Penal 470 é puro populismo jurídico e uma séria violação aos direitos dos réus ainda não condenados, uma vez que o julgamento não acabou e a sentença não transitou em julgado. Cabem recursos mesmo após a publicação do acórdão. Mostra-se também exagerada porque todos os réus estão presentes por meio de seus advogados legalmente constituídos e em nenhum momento obstruíram ou deixaram de atender as exigências legais.

Mas o mais grave são os argumentos para tal decisão, alegando que os réus adotaram comportamento incompatível e desrespeitoso com o Supremo. O ministro sustenta o pedido de recolhimento dos passaportes porque dois réus - antes de serem condenados - viajaram para o exterior e voltaram normalmente. Afirmou ainda em seu despacho que alguns réus “deram a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei” com atitudes que afrontariam o Supremo Tribunal Federal.

Ou seja, os argumentos cerceiam a liberdade de expressão e são uma tentativa de constranger e censurar, como se os réus não pudessem se defender e, mesmo condenados, continuarem a luta pela revisão de suas sentenças.

É importante ressaltar que eu nunca me manifestei sobre o mérito dos votos dos ministros ou sobre a legitimidade e o respeito à corte.  Sempre respeitei as decisões do Supremo Tribunal Federal, uma vez que lutei pela nossa democracia, mesmo com risco à minha própria vida.

Nada vai me impedir de me defender em todos os foros jurídicos e instituições políticas. Mesmo condenado e apenado, não abro mão de meus direitos e garantias individuais - do direito de me expressar e contraditar o julgamento e minha condenação.

Nenhum ministro encarna o Poder Judiciário - não estamos no absolutismo real. Nenhum ministro encarna a nação ou o povo - não estamos numa ditadura. Mesmo acatando a decisão, tenho o direito de me expressar diante de uma tentativa de intimidar os réus, cercear o direito de defesa e expor os demais ministros ao clamor popular instigado, via holofotes de certa mídia, nestes quase quatro meses de julgamento.
 José Dirceu Oliveira e Silva

Supremo recolhe passaporte de 25 condenados do mesalão


 
Os condenados da base política do mensalão :




Ex-ministro da Casa Civil do primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, apontado como o comandante do mensalão, foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares







Ex-presidente do PT José Genoino foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares



O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (uso de cargo público para prática de desvios). Ele mandou a mulher sacar R$ 50 mil na agência do Banco Rural, dinheiro que, segundo os ministros, foi pago como propina pelo empresário Marcos Valério. Por conta da condenação, o deputado desistiu da sua candidatura à Prefeitura de Osasco (Grande São Paulo).




 
Carlos Alberto Rodrigues, ex-deputado (PL-RJ) conhecido na época do mensalão como Bispo Rodrigues, o ex-deputado do PL, atual PR, foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 150 mil para votar em reformas de interesse do governo federal


Deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP) era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ainda está em empate a acusaçsobre formação de quadrilha. Ele teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. Os ministros do Supremo concordaram com a tese da Procuradoria de que Costa Neto e o PL receberam R$ 10,8 milhões das empresas de Valério.





Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR) foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a acusação de formação de quadrilha está empatada. Ele teria sido beneficiado por esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Junto com os réus Valdemar Costa Neto e Antônio Lamas, que foi absolvido do processo, teria recebido cerca de R$ 11 milhões de propina.



João Cláudio Genú, ex-assessor do PP na Câmara, Genú foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Seria o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina.

 


José Borba, ex-deputado (ex-PMDB-PR) foi condenado por corrupção passiva e a acusação de lavagem de dinheiro está empatada. Ele se desfiliou do partido em 2007 e hoje é prefeito de Jandaia do Sul (PR), pelo PP. Na época, teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B e recebido R$ 200 mil para votar a favor de matérias do interesse do governo





O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa pela compra de votos de parlamentares


 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"Sistema de Colégio Eleitoral nas eleições Americanas é injusto"


Voto indireto é relíquia secular
JuliaSweig
Assim que eu transmitir esta coluna, vou descer a rua até uma escola próxima de minha casa, fazer fila com meus vizinhos, responder algumas questões para confirmar minha identidade e então darei meu voto para presidente.
Gosto da energia do dia da eleição, do suspense e da cobertura televisiva. Gosto de nossa Constituição, mas o sistema que ela promulgou para a eleição de nossos presidentes é uma relíquia secular. E a tecnologia para a contagem de nossos votos por vezes é ineficiente, inconsistente e, às vezes, confiável.
A maioria de nós vota pessoalmente, mas também temos votação antecipada, votação de pessoas não presentes e alguma coisa que apenas advogados no Estado de Ohio entendem: votos "provisórios". Temos um voto popular, mas o que vale é o voto do Colégio Eleitoral.
No século 18, os "pais fundadores" de nosso país (as mães foram excluídas) criaram um sistema de voto indireto porque achavam que o povão não possuía o discernimento necessário para exercer o voto direto.
Eles alocaram 3/5 de uma "pessoa" a cada escravo adulto do sexo masculino e somaram esse total ao voto masculino branco para calcular a população de cada Estado. Esse total, por sua vez, determinava o número de "eleitores", ou delegados, que cada Estado podia contribuir para um cômputo total nacional, chamado o Colégio Eleitoral.
Embora a escravidão tenha sido abolida desde então e tenhamos o sufrágio universal, o sistema do Colégio Eleitoral é injusto e sobrevive dolorosamente, de modo um pouco pitoresco.
Cada Estado (com poucas exceções) utiliza um sistema do tipo em que o vencedor fica com tudo para entregar seus votos eleitorais, não seu voto popular, a um dos dois candidatos presidenciais. O total de votos eleitorais do Estado é determinado pelo número de seus deputados na Câmara, mais seus dois senadores.
O censo determina o número total de votos no Colégio Eleitoral, que hoje está em 538. Para vencer, o próximo presidente precisa receber 270 votos.
Em 2000, George W. Bush ganhou o voto eleitoral quando a Suprema Corte suspendeu a contagem dos votos na Flórida e deu a Bush os votos eleitorais desse Estado. Al Gore venceu o voto popular nacional e, mesmo assim, perdeu a Presidência.
Desta vez, Obama pode ganhar no Colégio Eleitoral e Romney, no voto popular, com Ohio provocando o problema.
Os dois estão tecnicamente empatados nas sondagens nacionais. Mas nos oito Estados indecisos, onde os eleitores elegem republicanos e democratas e onde os candidatos gastaram mais tempo e dinheiro, Obama saiu à frente por margem estreitíssima na maioria das pesquisas da semana passada.
Meu próprio Estado, o solidamente democrata Maryland, a poucos quilômetros da Casa Branca, não vai determinar o resultado presidencial. Mas temos referendos estaduais significativos sobre casamento gay, cassinos e mais direitos para estudantes imigrantes. Adivinha como vou votar?
Fonte: Agência folha

“Essa Gente - Um espetáculo Aos Vivos”

Foto Diário do Sul

Muitos instrumentos, poesia, música e teatro.É assim que o Grupo Abanã e Cia. Desmontagem Cênica, de Tubarão, define como é a apresentação de “Essa Gente – Um Espetáculo aos Vivos”, que será encenada nesta semana em Imbituba.

O espetáculo reúne as linguagens das artes cênicas e da música e propõe uma relação íntima entre público e elenco. O violão, os instrumentos e a atriz se encontram num tom de humor e poesia. “É um espetáculo que trata dos caminhos percorridos, sentimentos e entendimentos pessoais da própria jornada”, explica a diretora e atriz Pati Souza.

 A peça reúne também os talentos do poeta e músico Vanildo Machado, de Laguna, e da artista Gisele Paes. Vanildo foi quem escreveu grande parte das poesias contidas no espetáculo, que também contempla autores como Chico Cézar, Mestre Siba, Alice Ruiz e Suyan de Melo. A concepção cênica, organização e direção do espetáculo é de Pati Souza.

O nome Aos Vivos foi sugerido por Vanildo. Essa Gente é o nome de uma das poesias do espetáculo. “Não tem classificação, podendo ser visto e entendido por qualquer idade. Afinal, cada um tem a sua história”. A turnê da peça inicia em Imbituba. Também deve passar por Tubarão, Laguna e Florianópolis. As datas ainda serão agendadas.

O grupo Abanã surgiu em janeiro do último ano, com os trabalhos de Pati Souza e do poeta e músico Vanildo Machado, de Laguna. “A necessidade de mais alguém no palco nos fez chamar uma amiga, Gisele, bióloga e artista. Juntos, terminamos a concepção de nosso primeiro espetáculo e iniciou-se uma bela parceria”, explica Pati.

“Essa Gente - Um espetáculo Aos Vivos”
 
Quando:
9, 10 e 11 deste mês, às 20 horas.
Onde:
Teatro Usina – Endereço: Rua lateral Incisa – Cerâmica Imbituba, próximo à Lagoa da Bomba. Imbituba

Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada)
 Onde comprar:  Vendas antecipadas na Panificadora Invipan

Fonte: Karen Novochadlocultura@diariodosul.com.br

Imbituba e Laguna fora dos 52º Jogos Abertos de SC que terão participação 4,5 mil atletas de 83 municípios


“As cidades de Imbituba e Lagunar não participarão do maior evento poliesportivo do Estado de Santa Catarina em sua 52º edição. Chega de tratarem o esporte irresponsavelmente e nossa juventude como cidadãos de segunda classe.”

Cerca de 4,5 mil atletas de 83 municípios vão disputar de 6 a 17 de novembro a 52ª edição estadual dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), que ocorrerão na cidade de Caçador, no Meio-Oeste catarinense. Os números foram fechados no dia 25 de outubro quando foi realizado o congresso técnico da competição e no final  foi liberado o boletim com as chaves definidas no congresso técnico.

Com a presença de dirigentes de cerca de 45 municípios, o congresso técnico para sorteio dos grupos foi realizado na Câmara de Vereadores de Caçador.

No congresso técnico, o presidente da Comissão Central Organizadora (CCO), Araí Fávero, convidou todos para viverem o clima dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Já o presidente da Fesporte, Adalir Pecos Borsatti, destacou a importância dos jasc para Santa Catarina e a força do Estado nas competições nacionais não-profissionais. Por outro lado, o prefeito de Caçador, Imar Rocha, ressaltou o desafio de o município sediar os Jasc.

A primeira modalidade a ser disputada nos 52º Jasc será a natação, que, em cumprimento ao regulamento geral dos Jogos Abertos, serão realizados de 31 de outubro a 2 de novembro no complexo esportivo do Sesi, em Blumenau. O artigo 15 do regulamento geral estabelece que “após a oficialização do município-sede, considerado o relatório de vistoria, não existindo condições técnicas ou geográficas para realização de alguma modalidade, a Fesporte, comunicado o CED, poderá realizar a modalidade durante o período do evento em outro município com distância de até 60 quilômetros, realizar a modalidade em período anterior ao previsto para a realização do evento em outro município que já possua local tecnicamente adequado, independente de distância, ou excluí-la da competição no ano”.

O cerimonial de abertura da etapa estadual dos 52º Jogos Abertos será dia 6, a partir das 20h, no Parque de Exposições Araucária de Caçador. O cronograma de disputas do período de 7 a 17 de novembro está definido e prevê 13 decisões – incluindo as quatro das duas divisões do futsal - no último dia da competição. Os 52º Jasc serão disputados em 26 modalidades – nenhuma delas em caráter de apresentação - e distribuirá 47 troféus. As disputas serão realizadas em 32 locais, incluindo o Sesi de Blumenau. 

Os Jogos Abertos de Santa Catarina são uma promoção do Governo do Estado, com realização da Fesporte e apoio das secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs) e das prefeituras.

Fonte: Rádio Chapeco

Municípios ganham, mas podem não levar com a nova divisão de royalties do petróleo aprovada pela Câmara


Com a rejeição das emendas ao texto-base, o projeto segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff
A Câmara dos Deputados concluiu, na noite nesta terça-feira (6), a votação do projeto que muda a distribuição dos royalties do petróleo aprovando a proposta original do Senado. O projeto altera as regras também para áreas já licitadas, não dá garantia de receitas para estados produtores e não faz vinculação de áreas em que os recursos devem ser gastos. Com isso, o projeto segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Os deputados rejeitaram todos os destaques propostos ao texto-base do projeto, que foi aprovado por 286 votos a favor e 124 votos contrários. A proposta é a mesma aprovada no Senado no ano passado, que reduz a participação da União e de estados e municípios produtores e eleva o recebimento dos royalties pelos não produtores.
projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) prevê que a fatia da União nos royalties dos campos já licitados caia dos atuais 30% para 20%, assim como a participação dos Estados produtores.
No caso dos municípios produtores, a alíquota cairia gradualmente de 26,25% para até 4% em 2020.
Com isso, a participação dos Estados não produtores - que receberão o dinheiro de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) - subiria gradualmente até 27% em 2020.
No caso dos municípios não produtores, a fatia também aumentaria, para o mesmo patamar em 2020.
O texto de Vital do Rêgo também altera a divisão das chamadas Participações Especiais - tributo cobrado em campos de maior produção.
Nos campos já concedidos, a parte da União cairia de 50% para 42% em 2012. Nos anos seguintes, a alíquota subiria gradualmente até chegar a 46% em 2016.
A fatia da Participação Especial dos Estados produtores cairia de 40% para 20% em 2020. Os municípios produtores, que hoje recebem 10%, passariam para 4% em 2019.
Os demais Estados e municípios, que hoje nada recebem a título de Participação Especial, terão 15% em 2020.
Outra diferença de fundo entre os dois textos - do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) e o vindo do Senado - é que na proposta aprovada não há vinculação de recursos para a educação, como defende o governo federal. O texto de Vital não traz obrigação de gastos em nenhuma área.
Também contrariando o Palácio do Planalto, a proposta altera a distribuição para áreas já licitadas. Isso pode levar Rio de Janeiro e Espírito Santo a frustrações bilionárias de arrecadação nos próximos anos. A forma como a proposta foi redigida, porém, permite que a presidente vete apenas esta parte mantendo novos critérios de distribuição apenas para áreas que serão leiloadas pelo modelo de partilha, criado após a descoberta das reservas na camada pré-sal.
A disputa sobre os royalties do petróleo decorre do grande crescimento da produção. No ano passado, os royalties e participação especial recolhidos ultrapassaram R$ 24 bilhões e a expectativa é que este montante chegue a R$ 31 bilhões no ano que vem e passe de R$ 54 bilhões em 2020.



Reviravolta
Com a aprovação do texto do Senado, a proposta que tinha sido elaborada pelo deputado Carlos Zarattini - e chegou a ter processo de votação iniciado nesta terça-feira - foi arquivada.
A votação do texto aprovado no Senado, em detrimento da proposta da Câmara, ocorreu após a Confederação Nacional dos Municípios (CMN) distribuir uma tabela alegando que os municípios não produtores ganhariam menos com o projeto dos deputados.
Pressionados, os deputados aprovaram um requerimento que privilegiou a votação no plenário da proposta do Senado.
"É fácil defender municípios. Os parlamentares dependem de votos e ninguém quer sequer parecer que está contra os interesses dos municípios. Mas, contraditoriamente, podem estar", disse o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia.
Já Zarattini considerou a rejeição de seu parecer como "uma perda enorme".
Para o deputado, o projeto produzido por senadores "não se sustenta juridicamente" e tem erros
Reuters e Agência Estado.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Escândalo Bocelli: Sua Excelência o Fato

Parafrazeando Ulisses Guimarães, o modelo de político perseguido até em sonhos pelo senador Luiz Henrique da Silveira, apresentamos nesta reportagem os fatos, sem boatos, sobre o famoso escândalo que envolveu o governo do estado de Santa Catarina, a Prefeitura Municipal de Florianópolis, o tenor italiano, Andrea Bocelli e o desparecimento de milhões de reais dos cofres públicos
    O afair Bocelli foi um golpe planejado por um grupo de políticos catarinenses e tem como ingredientes o desaparecimento de somas milionárias de dinheiro público, histórias mal contadas, e repercussão internacional. Foi trazido à público em 28 de agosto de 2009. Nesta data, o Diário Oficial de Florianópolis publicou a dispensa de licitação para contratação da empresa Beyondpar (RJ), por R$ 3 milhões, para produzir o show do tenor italiano, Andrea Bocelli. Bocelli se apresentaria no denominado NATAL DOS SONHOS, a grande festa de final de ano patrocinada pelo Governo do Estado e Prefeitura Municipal.
    A idéia do mega-evento surge no segundo mandato do governador Luiz Henrique da Silveira, em pleno surto de megalomania, onde tudo que planejava para SC, e propagandeava na mídia, era sempre o maior e o melhor. Tudo de "primeiro mundo" e "intercontinental", como costumavam alardear seus acólitos da República de Joinville.
 
 A gênese


Tudo começou numa bela tarde de outono, no requintado gabinete do governador Luiz Henrique da Silveira. Segundo transcrição no voto da relatora do processo (TCE-06/00654848), Sabrina Nunes Locken, estavam no gabinete de LHS, Dário Berger, Gilmar Knaesel, Walter Galina, Mário Cavallazzi, dois representantes da empresa carioca Beyondcomm e Cleverson Siewert, secretário da Fazenda do Estado.
   Ali, em clima festivo, se discutia a magnitude da moderna árvore de Natal de leds, que seria plantada na Av. Beira Mar Norte, para adornar o que Luiz Henrique batizou de o Natal dos Sonhos!
   Embriagado com tanta modernidade e beleza, Luiz Henrique, em um lampejo de lucidez, comenta: "a árvore ficaria de fato maravilhosa, ainda mais, se o maestro Andrea Bocelli pudesse cantar ao pé da monumental árvore" (sic). A idéia foi recebida com entusiasmo por todos os integrantes da fatídica reunião.
    Luiz Henrique, poderoso, imediatamente dispara um telefonema internacional para a Sra. Milena Perini, amiga de Andrea Bocelli e pessoa de sua relação social em Joinville, ora morando na Europa.
    Dona Mileni fez a ponte e colocou o maestro italiano em contato pessoal com o governador. Segundo relatos de participantes do convescote, Luiz Henrique, naquele momento, elevou o ego às nuvens numa pirotecnia exibicionista em frente aos embasbacados mortais municipais.
    Andre Bocelli sucumbiu frente ao maravilhoso relato da bela árvore que adornaria seu grande show, e disse a LHS: "se a árvore é tão grandiosa e bonita assim, vou fazer o show". (Tadinho!)
Pronto, estava criado o ambiente que redundaria no retumbante fracasso. O Natal, que seria dos Sonhos, virou o Natal do Pesadelo.

Começa a armação

 Luiz Henrique conseguiu vender idéia do mega-show para o prefeito Dário Berger que engoliu a bolinha de polenta com anzol e tudo. Havia a promessa de que o estado repassaria, ao município, os recursos necessários para o evento.
   Sem tempo a perder, imediatamente à proposta de Luiz Henrique, o secretário de Turismo do Município, Mário Cavallazzi, encaminha ofício ao secretário estadual de Turismo, Gilmar Knaesel, dia 31 de agosto de 2009, informando o cronograma de desembolso, previamente acertado entre Luiz Henrique da Silveira e a empresa Beyondpar, do Rio de Janeiro.
   Este documento é a primeira prova da série de ilegalidade que serão cometidas daqui em diante. Em primeiro lugar o dinheiro foi pedido com cronograma ¨acertado¨ entre LHS e os cariocas, sem nem um arremedo de projeto elaborado.
 
   Diante do papel de padaria pedindo os R$ 3 milhões, Luiz Henrique informa que para a liberação do "tutu", deveria ter uma contra partida social.
   Como o leitor pode ver, a compensação social oferecida por Mário Cavallazzi, e aceita por Luiz Henrique, se não é um deboche, é uma peça de alto valor científico. Ficou conhecida com a Contrapartida Social do Criolo Doido!
   Mário Cavallazzi que não é homem de se apertar por pouca coisa, no mesmo dia (31/8) elabora essa pérola abaixo:
 

"Pela primeira vez na história, as festividades de fim de ano vão se integrar ao esforço mundial de redução de emissão de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa no planeta. O município vai levantar o volume de poluição ambiental gerada pelo espetáculo para compensar a liberação de gás carbônico com o plantio de árvores em áreas degradadas".
  Entra o alcaide
    No dia 3 de setembro o prefeito Dário Berger dá andamento ao plano na área financeira. Tinham pressa. Solicita o Banco do Brasil a abertura de uma conta corrente específica que irá receber e movimentar os milhões que viriam dos cofres do Estado.
   No ofício encaminhado ao BB, Dário Berger imprime suas digitais como participante do esquema. Informa que a conta será movimentada conjuntamente entre ele e o Secretário de Finanças e Planejamento do Município, Augusto Cézar Hinckel.
O repasse
A execução do plano corria a contento. Cada integrante do grupo fazia a sua parte. Pedido feito, conta aberta, só faltava o repasse do dinheiro combinado com o governador Luiz Henrique da Silveira.
   Em 21 de setembro de 2009, o governador Luiz Henrique dá o "de acordo", autorizando o pagamento de R$ 3 milhões para execução do Natal do Sonhos, por ele planejado e batizado.
    O documento assinado por Luiz Henrique é totalmente ilegal. O governador não cumpriu o Art. 38 do Decreto 1.291, assinado por ele mesmo, que regulamenta a concessão de financiamento de projetos.
   Imediatamente pós a autorização do governador LHS, em 24 de setembro, é assinado o contrato de apoio fianceiro, nº 12.513/2009-0, entre o Estado de SC e o município de Florianópolis para execução do Show Internacional Maestro Andrea Bocelli no valor de R$ 3 milhões
.
Passo seguinte, o prefeito Dário Berger, via Secretaria Municipal de Turismo, firma o contrato com a empresa carioca Beyondpar para a realização do Natal dos Sonhos. O plano se desenvolvia a contento. Tudo azeitado e dentro dos "providenciamentos". Agora estava na hora de "repassar" os R$ 2,5milhões.
   O primeiro pagamento (R$ 200 mil), já foi feito ilegalmente, a título de antecipação, em 29 de setembro de 2009. O segundo pagamento (R$ 800 mil) em 29 de outubro e o terceiro (R$ 1,5 mil) em 19 de novembro.
Tudo isso foi feito atraves de ordens bancárias, assinadas por Dário Elias Berger e Augusto Cesar Hinkel. Dário chancelava com essas assinaturas a sua participação efetiva no negócio.
    Agora chegava a hora de anunciar publicamente, para os contribuintes que entravam com a grana, o maior evento da história da capital catarinense.
    Em seu site oficial, o governador manda publicar matéria anunciando o show para um milhão de pessoa na capital.
¨É um espetáculo para dar mais brilho à nossa luz de Florianópolis, e vai certamente atrair a atenção da mídia internacional, contribuindo para trazer mais e mais turistas do mundo todo¨. (Luiz Henrique)

Andrea Bocelli fará show gratuito para um milhão de pessoas
em dezembro na Capital
Florianópolis (1/10/2009) - Com o apoio do Governo do Estado, através de recursos dos fundos estaduais de Cultura e Turismo, a Prefeitura de Florianópolis realizará no dia 28 de dezembro, na Avenida Beira-mar Norte, um show do tenor italiano Andrea Bocelli. O cantor terá acompanhamento de um coral de 60 vozes e orquestra sinfônica formada por músicos de Santa Catarina.
   O show será gratuito à população e a expectativa dos organizadores é reunir em torno de um milhão de pessoas para a apresentação única do cantor. A confirmação da vinda de Andrea Bocelli foi feita na tarde desta quinta-feira (1º/10) pelo governador Luiz Henrique em companhia de diversas autoridades. “Neste ano, o Natal Luz de Florianópolis terá uma luz mais reluzente”, anunciou o governador.
   “É um espetáculo para dar mais brilho à nossa luz de Florianópolis, e vai certamente atrair a atenção da mídia internacional, contribuindo para trazer mais e mais turistas do mundo todo para o nosso Estado”, enfatizou Luiz Henrique. O governador ressaltou também que Bocelli virá da Itália para fazer este único show no Brasil. O secretário de Turismo da Capital, Mário Cavallazzi, chegou nesta quinta-feira do exterior, onde assinou em Londres o contrato para a única apresentação do cantor na América Latina.
    Segundo o governador, o cachê do músico italiano é de 800 mil euros. “É um grande investimento. É um espetáculo de graça para o povo e não há dinheiro que pague. Nós só pudemos fazer este investimento porque temos um fundo cultural e um fundo de turismo”, disse o governador, destacando que o espetáculo será importante para Santa Catarina e para o País, pois acredita que atrairá pessoas do país inteiro e dos países do Mercosul para acompanhar a atração para o Natal de Florianópolis.
   O espetáculo do cantor a ser apresentado na capital catarinense será chamado “Andrea Bocelli – My Christmas”, e será apresentado junto à àrvore de Natal a ser montada pela Prefeitura como parte da decoração natalina de Florianópolis. O secretário de Turismo da Capital destacou que houve uma intensa negociação para trazer o músico a Florianópolis, e agradeceu o empenho e a sensibilidade cultural do governador Luiz Henrique para concretizá-la com sucesso.
   Segundo Cavallazzi, a apresentação faz parte de uma estratégia global para a divulgação da Capital como destino turístico. O secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter José Gallina, observou que Santa Catarina é o único Estado que conta com um fundo estadual de turismo e de cultura. “Essa política vem contribuindo para as sucessivas escolhas do nosso Estado como principal destino turístico do País”, destacou.
   Bocelli é  um clássico crusador e tenor de Ópera e gravou quatro óperas completas (La bohème, Il trovatore, Werther e Tosca), além de vários álbuns clássicos e populares. Entre as autoridades que acompanharam o anúncio feito pelo governador estavam o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Gilmar Knaesel; o secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Valter José Gallina; o secretário- executivo de Articulação Internacional, Vinícius Lummertz; além do secretário municipal de assuntos internacionais, Rubens Bita Pereira. (do site oficial da Secom).
Dário entrega os parceiros

   Percebendo o tamanho da encrenca em que havia se metido, o prefeito Dário Berger, sem constrangimento algum, começa um processo de delação contra os parceiros de crime. Protocola na justiça uma Ação Ordinária de Reparação de Dano, causada por ato ilícito, cumulada com pedido de tutela antecipada de insdisponibilidade de bens, contra os co-partícipes: A Empresa Beyondpar, Mário Cavallazzi e outros.
   
Nesta peça jurídica, Dário reconhece que houve crime, mas tira o seu da reta e coloca no dos parceiros.

 
"O que restou à população foi à pergunta":

ONDE ESTÁ O DINHEIRO DÁRIO BERGER???!!! 

Fonte: Canga Blog