sábado, 12 de novembro de 2016

Futebol além do futebol


Por Juca Kfouri em seu blog

Recentemente, o técnico da seleção uruguaia, Óscar Tabárez, afirmou que “o futebol é uma excelente desculpa para falar de coisas mais importantes do que o futebol”.
E é com esse olhar que o livro “Além das Quatro Linhas” é lançado pela editora Vento Norte Cartonero.

A obra é uma compilação de reportagens do jornalista Roberto Jardim que têm o esporte mais popular do mundo com ponto de partida, mas que, como diz o título, vai além.

Dividido como uma partida, o livro reúne textos que resgatam alguns fatos históricos passados no Sul da América do Sul.

Na “primeira etapa”, duas matérias relatam episódios envolvendo futebol e as ditaduras do Chile e do Uruguai, nos anos 70.

No “intervalo”, um texto que resgata o único vexame da nefasta Operação Condor – que foi desvendado por dois jornalistas de Porto Alegre, pois um dos envolvidos era um ex-jogador de futebol. E, no “segundo tempo”, dois feitos marcantes do futebol da capital gaúcha protagonizados por Cruzeiro e São José.

Como diz o prefácio, assinado pelo jornalista Juca Kfouri, “Jardim tem o belo hábito de olhar para o futebol como uma forma de integração social, como mobilizador, não como alienante, equívoco frequente até entre gente que costuma pensar bem”. Kfouri finaliza: “Regar a plantinha da democracia é a tarefa de todos nós. Em todos os campos! Eduardo Galeano adoraria o livro de Roberto Jardim”.

LITERATURA CARTONETA – O movimento cartonero surgiu na Argentina por volta de 2001, período de uma grave crise econômica que deixou milhares de desempregados. Foi nessa época que o escritor Washinton Cucurto teve a ideia de fazer livros a partir do papelão recolhido nas ruas pelos desempregados que acabaram virando catadores.

Criado como uma espécie de fonte alternativa de renda acabou se tornando um fenômeno no país, com centenas de livros comercializados diariamente. A partir de então, a literatura cartonera virou uma tendência entre editoras alternativas dos países latino-americanos – com trabalhos espalhados do Chile ao México – e uma espécie resistência na forma de disseminar a cultura do livro e de tentar, de alguma forma, promover o resgate da cidadania.

A Vento Norte é o projeto de um pequeno grupo de pessoas que reside na cidade de Santa Maria (RS) direcionado a realizar de forma autogestionária, e sem vínculos nem apoio institucional de qualquer espécie, o trabalho de edição e circulação de livrinhos com capas de papelão confeccionadas a mão. Títulos de novos autores ou já publicados – a partir de cedência dos direitos – ajudam a construir um catálogo de literatura cartonera no Sul do Brasil.
Serviço

O que: lançamento do livro cartonero Além das Quatro Linha, coletânea de reportagens de Roberto Jardim.


Quando: 25 de novembro (sexta-feira), 19h

Onde: Brechó do Futebol, Rua Fernando Machado, 1188, Centro Histórico, Porto Alegre

Quanto: R$ 12

Como comprar: na hora ou por encomenda no facebook da Vento Norte 



Ódio e intolerância no Brasil e nos EUA


Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Tanto a eleição presidencial brasileira de 2014 quanto o recente pleito que escolheu Donald Trump presidente dos Estados Unidos podem ser vistos como momentos nos quais a frágil costura dos plurais e contraditórios retalhos sociais de ambos os países se rompeu.

Como detesto esse linguajar de sociólogo de botequim, traduzo para o vernáculo: momentos que deu ruim.

O ódio e a intolerância não foram criados nessas horas, mas fermentam há muito tempo, talvez desde sempre, nessas que ''foram'' as duas maiores sociedades escravistas modernas. E que seguem seus genocídios de jovens pobres e negros pela ação direta ou pela anuência do Estado.

A incapacidade de colocar-se no lugar do outro e entender que ele merece a mesma dignidade que sonhamos pra nós mesmos esteve sempre presente. Mas não estava distribuída pela internet, conectada pelas redes sociais ou amplificada pela popularização de smartphones.

Na última campanha presidencial, PSDB e PT quase levaram o país às vias de fato, incitando a população e municiando-a para o confronto digital. Esse conflito deflagrado e fermentado pelo rancor do resultado das urnas (um susto para muita gente por desmentir o que a bolha do algoritmo da rede social vendia na timeline) foi apenas o início. Na sequência, a escalada de violência durante o processo que levou ao impeachment levou pessoas a apanharem na rua por usarem bicicletas ou camisas da ''cor errada''.

E vermelho se tornou a cor errada por um longo tempo. Da mesma forma, a perseguição ideológica de um certo ''macarthismo à brasileira'' se instalou, bem como um clima de caça às bruxas a toda ideologia que não seja aquela que não se afirma como ideologia e que, por isso, mais ideológica é. Debater história na sala de aula virou delito passível de demissão. A parte mais preconceituosa e discriminatória do politicamente incorreto se tornou revolucionária na voz de alguns autointitulados humoristas. Trabalhadores estrangeiros passaram a serem alvos de xenofobia explícita, como os haitianos alvejados com projéteis em São Paulo. Grupos extremistas pegaram carona nesse processo, usando o contexto para pautar suas ideias violentas e absurdas.

Ao mesmo tempo, muito chorume circulou nas eleições norte-americanas, principalmente aquele incitado pelo agora eleito presidente e seus discursos carregados de machismo, homofobia, xenofobia, racismo. E a campanha de sua adversária, se não destilou preconceito e ódio como fez Trump, também não pode ser inocentada pelo clima de conflito estabelecido. Se candidaturas são levadas como guerras, essa deixou mortos de todos os lados.

Agora, no rescaldo eleitoral, surgem aqui e ali histórias de continuidade do preconceito deflagrado, de gente que se sente mais à vontade do que nunca para colocar violência para fora. É difícil separar quais são os casos reais dos casos que foram inventados pelo lado perdedor a fim de aumentar a narrativa do terror diante dessa vitória – como se esse medo precisasse de amplificação… Mas, mesmo que se confirme apenas uma parte do que circula, já será uma tragédia.

Claro que prefiro que a realidade sobre nós mesmos venha à tona. Manter tudo no armário tem a vantagem de oferecer aos cidadãos uma tranquilidade forjada suficientemente ampla para que cada um toque sua vida. Mas como todo processo que não natural, uma hora essa construção se desfaz. Ou se desnuda.

Acho que os próximos tempos serão importantes para tanto o Brasil quanto os Estados Unidos olharem para suas entranhas e discutirem que tipo de sociedade querem ser. Devido à pluralidade de sua composição, não é possível imaginar que o melhor modelo não seja o de seguir a vontade da maioria, garantindo, contudo, o respeito à dignidade de todas as minorias. Para isso, será necessário pensar novas formas de fortalecer a esfera pública e trazer para dentro dela a própria população. Já ficou claro que a mídia, de lá e daqui, podem até formar opiniões, mas conhecem pouco sobre quem é, o que quer e o que pensa os cidadãos brasileiro e norte-americano.

Por fim, o discurso violento e opressor – mais palatável e que mexe com nossos sentimentos mais primitivos e simples – ecoa e repercute. Esse discurso basta em si mesmo. Não precisa de nada mais do que si próprio para ser ouvido, entendido e absorvido.

O problema é que não se qualifica o debate, para evitar a hegemonia desse discurso violento, apenas através de ações individuais. Você precisa de uma ação em escala, o que teríamos – na minha opinião – através do Estado – que é o espaço que regula a concepção de educação e os parâmetros educacionais. Ou seja, lá como aqui, precisamos repensar o ensino para melhorar esse debate público.

Como fazer isso em um tempo em que o Estado, aqui como lá, estará tomado por quem não vê a deflagração do tecido social como um problema, mas que surfa nesse medo e nessa insegurança, e que acha que o modelo de educação pública está fadado ao fracasso, é um desafio que teremos que responder. O mais rápido possível, se quisermos ter um futuro.

Foto http://identidademandacaru.blogspot.com.br/


Bolsa Família pagou R$ 3,3 bilhões a empresários, mortos, servidores e etc.

Santa Catarina é a unidade da federação com índice (3,36% do total) de benefícios suspeitos 

Josias de Souza em seu Blog

Fiscalização inédita feita pelo Ministério Público Federal em todo o país detectou a presença 874,1 mil perfis suspeitos no cadastro do Bolsa Família. Isso corresponde a 4,07% do total de beneficiários do programa. Juntas, essas pessoas receberam R$ 3,31 bilhões no período de janeiro de 2013 a maio de 2016. A maioria dos perfis suspeitos (56,21%) é de empresários. São 535 mil donos de empresas. Juntos receberam a maior fatia dos pagamentos sob suspeição: R$ 2,03 bilhões (53,14%).


A Procuradoria da República dividiu os beneficiários que não se enquadram nos requisitos de pobreza exigidos pelo Bolsa família em cinco grupos. Depois dos empresários, vêm os servidores públicos, os mortos, os doadores de campanha eleitoral e os doadores de campanha que também são servidores públicos. Veja os dados no quadro abaixo, com a respectiva cifra repassada a cada subgrupo.

Divulgados nesta sexta-feira (11), os dados foram colecionados graças a uma ferramenta digital desenvolvida pelo Ministério Público Federal. Chamada de “ferramenta de inteligência”, ela permitiu o cruzamento de informações extraídas de bases de dados do próprio governo federal, do Tribunal Superior Eleitoral, da Receita Federal e dos Tribunais de Contas dos Estados e dos municípios. As informações foram reunidas num site público, o Raio-X do Bolsa Família. Pode ser acessado aqui.
Os perfis tachados de suspeitos exibem indicadores de renda incompatíveis com as regras de acesso ao maior programa social do governo, concebido para socorrer brasileiros em situação de pobreza ou de extrema pobreza.
Entre junho e setembro deste ano, a Procuradoria expediu ofícios às prefeituras pedindo informações sobre irregularidades detectadas e benefícios cancelados. Deu prazo de até 120 dias para o envio das respostas, que ainda estão chegando. Numa divisão por Estado, a unidade da federação com o maior índice de benefícios suspeitos é roraima (8,89% do total). O menor percentual de perfis com potencial de irregularidade foi detectado no Pará. Repare no quadro abaixo.

No ultimo dia 23 de maio, a Procuradoria comunicou o resultado de sua inspeção à Secretaria Nacional de Renda e Cidadania, órgão responsável pelo Bolsa Família. Deu 30 dias para que a repartição informasse que providências adotaria. Em 2 de junho, procuradores se reuniram com o ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social) e sua equipe. Vinte dais depois, o ministério editou portaria criando um grupo de trabalho para propor regras que aperfeiçoassem a fiscalização do Bolsa Família.
Foi graças a essas providências que o ministro Terra anunciou dias atrás o cancelamento de 469 mil benefícios e o bloqueio de outros 654 mil.

Entenda a PEC que pode reduzir o número de partidos pela metade

A proposta prevê o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais e limita o acesso à propaganda gratuita na TV e rádio

Por Deutsche Welle no Carta Capital

A PEC 36, aprovada na noite da quarta-feira 9 pelo Senado em primeiro turno, é polêmica e divide opiniões de políticos, juristas e eleitores. A proposta de reforma política pretende reduzir o número de partidos, através do fim das coligações e de uma cláusula de barreira.
De um lado, os defensores da proposta afirmam que o grande número de legendas dificulta a governabilidade e geram gastos desnecessários à União. Os contrários à PEC 36 dizem que a proposta prejudicará os partidos pequenos, que representam grupos considerados minorias sociais.

Entenda melhor o que diz a proposta:

Fim das coligações

A PEC 36 prevê o fim da possibilidade de coligações nas eleições proporcionais, para eleger vereadores e deputados a partir de 2022. Atualmente, partidos pequenos costumam fazer alianças com outros maiores para formar as chamadas coligações. Isso garante uma maior visibilidade e, consequentemente, mais votos para o grupo. Na prática, uma coligação funciona como um partido único, com nome próprio e mesmos deveres e direitos de uma legenda isolada.

Formar uma coligação partidária é vantajoso para partidos pequenos, de pouca representatividade, pois ao formar um grupo maior, os votos recebidos por cada partido são somados no cálculo para distribuição de cadeiras no Legislativo. A alternativa é adotada por muitos partidos pequenos para angariar cadeiras nas bancadas.

As coligações também aumentam o tempo de participação dos partidos no horário eleitoral gratuito na televisão e rádio. Pela regra atual, quanto mais partidos fizerem parte da coligação, mais tempo de propaganda ela terá.
Ainda de acordo com o texto, ficam mantidas as coligações em eleições para prefeitos, senadores, governadores e presidente – ou seja, em votações para cargos do Executivo. A justificativa é que os cargos para o Legislativo devem ser conquistados por uma maior representatividade local.

Cláusula de barreira

A cláusula de barreira ou cláusula de desempenho eleitoral restringe o acesso aos recursos do Fundo Partidário, bem como a participação no horário eleitoral gratuito na TV e no rádio, apenas para partidos que obtiverem uma porcentagem mínima de votos válidos nas eleições.

De acordo com a proposta, as mudanças já entram em vigor nas próximas eleições para a Câmara Federal. No pleito de 2018, os partidos deverão reunir, em ao menos 14 estados brasileiros, um mínimo de 2% de todos os votos válidos. Nas eleições de 2022, o percentual subirá para 3%.


Além disso, as legendas que não atingirem esses percentuais mínimos serão obrigadas a ocupar uma estrutura menor dentro Câmara, e perderão direito a cargos de liderança e cadeiras na Mesa Diretora, por exemplo.

De acordo com o texto, a PEC 36 foi inspirada na Alemanha, primeiro país onde a cláusula de barreira foi estabelecida. Hoje, 44 países adotam a regra. "Trata-se de uma regra que condiciona o funcionamento parlamentar do partido político a seu desempenho nas urnas", diz o texto.

Federação de partidos

A fim de não prejudicar os partidos menores afetados pela cláusula de barreira e pelo fim das coligações nas eleições proporcionais, a PEC 36 prevê a criação do sistema de federações. Na prática, esses partidos prejudicados poderão se unir em uma federação, que funcionará como um bloco parlamentar. 

Diferentemente das coligações, as federações preveem que os partidos fiquem junto por um tempo determinado: desde o início da legislatura até a véspera das convenções partidárias para as eleições seguintes.

A proposta pretende reduzir o número de partidos, com o fim das coligações e cláusula de barreira (Sumaia Villela/ABr)

De acordo com os autores da proposta, o sistema de federações permitirá que partidos menores, mas com identidade ideológica similar, possam atuar no Legislativo com os mesmos direitos das demais legendas. No caso da federação de partidos, a divisão do fundo partidário e do tempo de propaganda será proporcional ao número de eleitos em cada sigla.

Fidelidade partidária

Outro ponto abordado pela PEC 36 é a fidelidade partidária. Segundo o texto, políticos que trocarem de partido durante o mandato perderão o cargo. As exceções valem para desfiliação em casos de perseguição política, alteração no programa do partido e legendas que não obtiverem os percentuais mínimos previstos pela cláusula de barreira.

Argumentos favoráveis

Para os defensores da PEC 36, em vez de promover maior representatividade política, o grande número de partidos tem dificultado o consenso e a governabilidade do país e dado gastos desnecessários à União.

Por meio das coligações, muitos políticos conseguem cadeiras em que jamais seriam conquistadas sem as alianças. Um exemplo famoso aconteceu com a eleição do deputado Tiririca que, ao angariar votos para sua coligação, ajudou a eleger outros deputados menos conhecidos, que se beneficiaram da fama dele.

Quanto à cláusula de barreira, que determina que cada legenda obtenha votos em no mínimo 14 estados, a mudança ajuda a garantir que o partido que receba os benefícios do Fundo Partidário e da propaganda eleitoral gratuita tenha representatividade nacional.

Argumentos contrários

A cláusula de barreira prejudica os partidos menores, que usam as coligações partidárias como ferramenta para angariar visibilidade e votos. Os críticos da PEC 36 afirmam que a proposta prejudica partidos pequenos, porém consolidados, como PV, PSOL, PCdoB, PROS e Rede.

Alguns parlamentares, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), concordam que com a necessidade de criação da cláusula de desempenho eleitoral, mas dizem que, da forma como foi escrita, as regras são muito rigorosas e serão prejudiciais à pluralidade da democracia brasileira.

Os próximos passos

A PEC 36 foi aprovada na noite da quarta-feira 9, em primeiro turno, pelo Senado, por 58 votos favoráveis e 13 contrários. Por se tratar de uma emenda à Constituição, a PEC 36 ainda precisará ser votada em segundo turno pelo Senado, com apoio mínimo de três quintos (49 dos 81) dos senadores. A votação acontece no dia 23 de novembro. Se aprovada, a proposta seguirá para votação na Câmara, onde também deverá ser aprovada em dois turnos para entrar em vigor.
Descrição: Logo DW

Neste final de semana Garopaba Dança é pura arte


Neste final de semana acontece no Ginásio Municipal de Esportes de Garopaba, o 11º Garopaba em Dança, competição e mostra de diversos grupos de todo o estado e também grupos do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

A promoção é da Cia Garopaba Atitude, através da Associação de Dança de Garopaba e vai do dia 12 a 15 de novembro 2016.

O “11º GAROPABA EM DANÇA” tem como objetivo difundir a dança como expressão de arte, cultura e lazer, oportunizando a integração, a troca de experiências, o estudo e o aperfeiçoamento dos grupos envolvidos. O festival oferece, Mostra Competitiva e Não Competitiva para vários gêneros de dança, Batalhas de Danças Urbanas e Mix Battle, Vivencia, Cursos e Debates.

Neste final de semana todos os caminhos levam a Garopaba SC.

Culto às personalidades, alçando-se à categoria de semideus

Foto Priscila Loch

O Jornal Notisul de hoje, traz uma  entrevista  de Priscila Loch com o Prefeito eleito de Imbituba Rosenvaldo Junior (PT). Chama a atenção duas questões:

- primeiro uma proximidade inquietante com a administração do PSDB de Jaison, inclusive durante a campanha como mesmo diz o Prefeito eleito, “durante a campanha, tivemos contato com pessoas de dentro da prefeitura para levantamento de dados, de receitas, de custos”.

- segundo, o culto à personalidade assumida publicamente. Quando perguntado se ele não teve medo de que a situação do PT em nível nacional interferisse negativamente no resultado municipal, respondeu ... “O que mostramos na campanha é que, acima dos partidos, estão as pessoas e quem vai administrar não é o partido, é uma pessoa, é o Rosenvaldo Júnior”... 


É lamentável alçando-se à categoria de semideus Rosenvaldo, eleito pelo PT, não tenha a consciência que os partidos são instrumento da transformação social, da construção de uma sociedade (dos trabalhadores, dos estudantes, dos intelectuais, dos movimentos religiosos, das mulheres, dos negros, dos Gays e de muitos daqueles que lutavam por uma sociedade mais justa!.

O Prefeito eleito cultuando a personalidade rompe a luta daqueles que defendem  a democratização das decisões políticas, desvaloriza o debate político e despolitiza os conflitos políticos sociais.

Leia a entrevista na integra:

“Há uma grande vantagem em relação a outros municípios”

Priscila Loch
Tubarão

Tudo indica que o prefeito eleito de Imbituba Rosenvaldo Júnior (PT) não terá problemas para acessar todas as informações necessárias para iniciar o seu mandato, em janeiro de 2017. Além da transição amigável e tranquila, a atual gestão deve deixar as contas em dia, e isso é um grande diferencial em tempos de crise, quando a maioria dos municípios está com a ‘corda no pescoço’.


Notisul - Você tem dimensão da atual situação de Imbituba hoje?
Rosenvaldo - Temos uma noção de como está a situação econômica da cidade e da prefeitura. Durante a campanha, tivemos contato com pessoas de dentro da prefeitura para levantamento de dados, de receitas, de custos. O atual prefeito, Jaison Cardoso, já se reuniu conosco e com a sua equipe. Vivemos um momento bastante maduro na política municipal e o Jaison tem se colocado dessa forma, bastante aberto, abriu a prefeitura para a gente. Estamos montando oficialmente uma equipe de transição. Temos tido bastante contato com a realidade financeira e acredito que vamos poder começar o mandato sem uma quebra de continuidade, já sabendo dos problemas que estão nos esperando.

Notisul - São muitos os problemas?
Rosenvaldo - Na verdade, acho que temos muito a investir na cidade, muitas coisas a serem realizadas, mas do ponto de vista atual podemos dizer que a gestão vai deixar as contas em dia. Isso é uma grande vantagem em relação a outros municípios que vivem uma dificuldade para fechar as suas contas. O prefeito Jaison, pelo que tem nos colocado, vai conseguir entregar a prefeitura com as contas fechadas, sem grande poder de investimento e claro que essa crise que assola o país afetou Imbituba também, afetou a arrecadação e se perdeu muito poder de investimento. E, para podermos cumprir aquilo que pregamos em campanha, fazer as obras que a população tanto precisa e tanto cobra, vamos ter que melhorar a arrecadação, diminuir custos, reduzir o tamanho da máquina. É um trabalho que vamos ter que fazer a partir de agora. Mas pelo menos o 13° vai estar pago, vai estar tudo certinho, tudo em dia.
Notisul - Que problemas terão que ser resolvidos já nos primeiros dias de mandato?
Rosenvaldo - Algumas questões já estão sendo alinhavadas com a atual gestão. Coisas que não podem parar. Por exemplo, na área da educação, tem a colônia de férias nas creches, para as crianças que os pais trabalham no verão. Temos uma demanda grande de postos de trabalho por causa do turismo, precisamos manter abertos hotéis e pousadas. Já temos que definir agora para em janeiro não ter esse problema de continuidade. Tem a questão do hospital, a qual temos que manter o repasse, tem que manter medicações. Muitos dos convênios e licitações de materiais que vamos precisar no início do ano estamos conversando para em janeiro não ter falta, como medicação, combustível para os carros da prefeitura. Esses são os primeiros passos que precisamos dar agora. Temos também a Festa Nacional do Camarão, que tradicionalmente é feita nos meses de janeiro ou fevereiro. Estamos conversando para ver se mantemos nessa data ou postergamos um pouco. Se for mantida a data, provavelmente vai ter que ser feita essa organização antes mesmo de assumirmos.

Notisul - A transição tem ocorrido com tranquilidade? Que informações foram solicitadas à atual gestão?
Rosenvaldo - Está bastante tranquila, conversei com Jaison algumas vezes já e marcamos uma agenda de transição, já montamos uma equipe. A nossa equipe tem o nosso secretário de finanças conosco. Os primeiros documentos que solicitamos são justamente sobre a questão orçamentária da prefeitura, para ficarmos a par do tamanho de orçamento que teremos a partir de 2017. Tem várias obras que estão em fase de conclusão ou estão paralisadas por causa de atrasos de repasses estaduais e federais. Isso também está entre os problemas que vamos tentar resolver já de início. O Jaison está bastante empenhado nisso, quer terminar as obras que começou. Inclusive, foi a Brasília, já tentando resolver esses atrasos para ver se consegue terminar as obras e entregar com esse problema a menos. Apesar de termos sido uma candidatura de oposição à atual administração, que já está há 12 anos - o Jaison foi sucessor do Beto Martins -, sempre tivemos uma relação respeitosa, diálogo bastante aberto e até de cordialidade. Isso facilita bastante e, como já disse, uma política madura é boa para o município, porque quando o prefeito dificulta as informações para quem está entrando ele está dificultando o trabalho para a comunidade.
Notisul - No que você credita a vitória nas urnas, sendo que a chapa de oposição tinha muito mais partidos coligados e nomes já bastante conhecidos do eleitor?
Rosenvaldo - Por mais paradoxal que seja, talvez tenha sido isso, o fato de eles terem juntado uma gama muito grande de partidos historicamente adversários. Num momento em que nacionalmente as pessoas pregam por mudanças. Então, acho que isso deixou muito o eleitor imbitubense com dúvida de qual o real motivo dessa junção. O atual prefeito vem seguindo uma sequência de três mandatos do PSDB em Imbituba e, com toda essa onda de mudança que vivemos no país - poucos foram os prefeitos reeleitos -, talvez essa coligação tenha tido esse efeito contrário, das pessoas votarem na mudança, na renovação. Por outro lado, nunca tive mandato, é o meu primeiro. Sou um profissional da área da saúde, sou médico cardiologista, e não represento o político tradicional. Talvez a minha imagem de profissional que não é político tenha ajudado nesse sentimento de mudança, de tentar uma administração que seja diferente, que olhe menos pela veia política e mais pela veia administrativa, técnica, que é o que pregamos na campanha.
Notisul - Justamente por essa onda de mudança, não tivesse medo de que a situação do PT em nível nacional interferisse negativamente no resultado municipal?
Rosenvaldo - Claro que sim, e vamos dizer até que atrapalhou na nossa campanha. Muitas vezes, tivemos esse questionamento ao longo da campanha, em debates, do adversário e do próprio eleitor. O que mostramos na campanha é que, acima dos partidos, estão as pessoas e quem vai administrar não é o partido, é uma pessoa, é o Rosenvaldo Júnior, junto com o vice Zaga. Foi isso que tentei mostrar, que sou um cara honesto, trabalhador, não tenho dívida nenhuma com a justiça. Foi nisso que as pessoas acreditaram e esse trabalho vamos manter durante os próximos quatro anos para que as pessoas depois possam acreditar que pode ser diferente mesmo sendo do PT.

Notisul - O que podemos esperar do seu mandato?
Rosenvaldo - Tenho dito para as pessoas que podem esperar muito trabalho, muita dedicação da minha parte, uma administração absolutamente transparente, com o máximo cuidado e zelo ao dinheiro público, que é dinheiro nosso. Vamos economizar naquilo que pode ser economizado, enxugar a máquina e, como eu disse, para podermos ter investimento. Sabemos que temos que investir em saúde, em educação, e todos os prefeitos sabem que o que a população cobra é uma saúde melhor, melhor atendimento nos postos e hospital, educação de qualidade. Mas só vamos conseguir isso se tivermos recursos para investir. Se não cuidarmos bem da área administrativa, para fazer com que os recursos sejam investidos realmente naquilo que precisa, não conseguiremos cumprir os nossos compromissos de campanha. Então, pode-se esperar de mim bastante trabalho, bastante honestidade, bastante cuidado no trato com o dinheiro e bastante profissionalismo.

Notisul - O fato de você ser médico pode contribuir para melhorias na saúde. Tem até uma certa pressão dos eleitores. Que investimentos são possíveis e necessários?
Rosenvaldo - Com certeza, o fato de eu ser médico traz uma responsabilidade muito maior para mim nessa área, talvez a área mais crítica nas administrações municipais. Sabemos que não vai ser possível resolver o problema da saúde em quatro anos e, se nada mudar, nem em oito, nem em 20 anos. Temos que melhorar bastante, as pessoas acreditaram e muitos votos que tivemos foi para melhorar a saúde. Vamos ter que investir bastante nessa área, temos muito a melhorar em Imbituba em duas questões: a nossa saúde básica, os nossos postos de saúde, em que o médico está pouco presente. Temos que valorizar a categoria, conversar com os profissionais da saúde para que possamos fazer com que os postos tenham atendimento melhor. E para isso precisa de investimento, pois precisamos pagar melhor o médico para ele poder estar no posto; e precisamos investir no nosso hospital, o São Camilo, que faz o atendimento de Imbituba e da região, para melhorar a qualidade de atendimento na emergência e para os pacientes internados. É uma proposta de campanha nossa a luta de desenvolver no nosso município uma UTI. Hoje, dependemos de Tubarão e todos sabem o quão difícil, quão superlotada está. Está cada vez mais difícil para nós, a tendência é que cada vez consigamos menos encaminhar os nossos pacientes para Tubarão. Já estivemos inclusive em contato com o vice-governador, Eduardo Moreira, que é da nossa região e vai assumir provavelmente em breve o governo do estado, e ele se colocou bastante disposto a ajudar e a investir para podermos dentro do nosso mandato efetivar a UTI em imbituba.

Notisul - Você iniciou as conversas com lideranças, incluindo deputados e o vice-governador, com o objetivo de já encaminhar pedidos por recursos para o próximo ano. Alguma boa notícia nesse sentido?
Rosenvaldo - Até o último dia 20, podíamos solicitar verbas para os municípios por meio de emendas parlamentares. Já temos verbas garantidas dos deputados Décio Lima, Pedro Uczai, do meu partido. O Zaga, meu vice, também fez contato com o Mauro Mariani, Ronaldo Benedet e outros deputados federais do PMDB para garantir verbas para investir na infraestrutura da cidade. Tem bastante coisa encaminhada e vamos entrar em 2017 já com bastante recurso para investir em obras de creches, postos de saúde, estradas e vamos conseguir já iniciar algumas obras.

Notisul - De mãos limpas por Imbituba foi o slogan principal de sua campanha. O que isso vai significar na prática?
Rosenvaldo - Na prática, isso significa, como disse antes, maior cuidado com os gastos públicos. Esse slogan fez parte da nossa campanha pelo fato de eu e o Zaga não termos passado político e não termos nenhuma mácula junto à justiça. Não temos processos na justiça e estamos absolutamente livres de qualquer questionamento jurídico, com relação a corrupção. Assim queremos levar nossa administração. Não há secretários anunciados, a não ser o secretário da fazenda, Jari Dalbosco, ex-comandante da Polícia Militar, que foi o primeiro presidente e fundados do Observatório Social de Imbituba. Fui recentemente a uma reunião com o Observatório e fizemos o convite, justamente para mostrar esse nosso interesse e desejo de mostrar nosso cuidado com o gasto público. Ele já está participando do processo de transição.

Notisul - Em seu plano de governo, foi proposto cobrir 30% do município com saneamento durante os quatro anos de mandato. Como é possível tirar esse projeto do papel?
Rosenvaldo - Essa é uma outra questão que temos que resolver já de início, a gestão da água e o saneamento em Imbituba. Há alguns anos, o prefeito decidiu romper o contrato com a Casan e municipalizou a gestão da água, acabou terceirizando e hoje é uma outra empresa. Mas nesse período não houve nenhum investimento em saneamento. O contrato é emergencial, que não previa isso, só que previa que esse dinheiro pago pelo contribuinte fosse para um fundo municipal de saneamento, para que o município pudesse investir. Mas hoje não tem dinheiro algum nesse fundo. Temos que rever isso. Como está hoje não vamos conseguir cumprir essa meta de 30% de saneamento. Estamos pensando em outras alternativas. Tem processo de concessão que previa 30 anos, mas foi embargado ou está em vista no Tribunal de Contas do Estado. Temos que ver se vamos retomar isso ou vamos retomar com a Casan. Inclusive, já estivemos na Casan, conversando com o presidente. A companhia está interessada em voltar para Imbituba e, se isso ocorrer, há a previsão de investimento de R$ 60 milhões em saneamento. Esse dinheiro praticamente já cumpriria nossa meta. Buscamos meios para ter recursos para este investimento.

Notisul - Na educação, de que forma se pode melhorar o atendimento?
Rosenvaldo - Imbituba até evoluiu bastante nos últimos anos. O Ideb é prova disso, tivemos bons resultados, com escolas que já atingiram a meta de 2024. Mas claro que sempre temos a melhorar. Precisamos muito democratizar o nosso ensino, fazer com que a classe educadora e a própria comunidade escolar possam nos ajudar a gerir a educação. Por exemplo, com eleição para diretor de escola. Existe muita influência política nessa escolha e isso mais atrapalha do que ajuda. Quem é da comunidade escolar sabe quem é o melhor gestor. Temos que democratizar a escolha de material didático, hoje é uma empresa que repassa e isso tem um custo de R$ 1 milhão ao ano para os cofres públicos. Sabemos que tem material do MEC disponível. Queremos discutir essa escolha com os professores, ver se eles estão satisfeitos com o material didático, se vale a pena esse investimento. Existe uma queixa grande dos nossos professores com relação ao seu ganho salarial. Hoje, muitos só recebem o piso nacional dos professores graças a abonos e penduricalhos na folha de pagamento, para poder atingir esse valor, só que aí quando ele está de férias ou se aposenta perde isso e vai refletir no futuro. Temos o compromisso com os professores de rever o Plano de Cargos e Salários para podermos atingir nesses quatro anos o valor real do piso.

Notisul - A própria Lei de Responsabilidade Fiscal atrapalha de certa forma, pois prevê um limite com gasto da folha.
Rosenvaldo - Em Imbituba, esse gasto está em torno de 46% da receita corrente líquida e não estamos no limite ainda, mas também não tem muito fôlego. É claro que sabemos da necessidade de enxugar a folha, diminuir número de cargos comissionados. De início, pretendemos diminuir pelo menos 20% dos cargos comissionados e gratificados. É uma avaliação inicial e pode ser até que ultrapassemos um pouco isso.

Notisul - Nessa proposta de enxugamento, deve haver fusão de secretarias?
Rosenvaldo - Temos a intenção de diminuir o número de secretarias e superintendências, de remanejar algumas. Posteriormente, nossa ideia é criar a Fundação Municipal de cultura, que pode captar recursos externos. Mas tudo isso depende da avaliação do orçamento para cada área.

Notisul - Imbituba, por ser uma cidade portuária, tem tráfego pesado e a mobilidade é um tanto afetada. O seu plano também prevê investimentos nessa área, inclusive com implantação de ciclovias...
Rosenvaldo - Imbituba hoje já está com o acesso norte sendo pavimentado, está sendo concretado. Estava péssimo. Já devo iniciar o governo com esse acesso resolvido. Uma questão a ser resolvida é a ciclovia no acesso sul, que está inacabada, após mais de um ano de obras. Jaison disse que está empenhado em resolver isso. Nossa ideia é que possamos no centro da cidade, nos pontos turísticos, desenvolver uma ciclofaixa, que possa também ser um atrativo turístico. Temos que pensar de acordo com o tamanho do orçamento e das emendas parlamentares.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Brasília recebe 9ª Olimpíada do Conhecimento até domingo, no Ginásio Nilson Nelson

A competição é pré-requisito para disputa mundial de educação profissional. Os vencedores serão anunciados na próxima segunda-feira

Do Correio Brasiliense

A abertura da 9ª Olimpíada do Conhecimento reuniu 1,2 mil competidores no Ginásio Nilson Nelson ontem. O local estava quase lotado com o público de estudantes que veio à capital para prestigiar a competição de educação profissional. Participaram os estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e de institutos federais de todo o país. Artistas do Distrito Federal fizeram parte do show que abriu o evento. Essa é a segunda vez que a capital recebe a olimpíada (leia Para saber mais).

A estudante Natália Monteiro, 17 anos, marcou presença no evento. Ela terminou o curso de segurança do trabalho há seis meses. “Superou todas as expectativas. Essa olimpíada é importante, pois incentiva as pessoas a conhecerem os cursos técnicos. Quem participa abre grandes portas para o mercado de trabalho. Muita gente que participou da competição avançou muito na vida profissional”, conta Natália.

... na abertura, as sete áreas que integram a disputa foram apresentadas com performances de artistas, efeitos visuais e música

O embaixador da olimpíada, o jornalista e apresentador Marcelo Tas, comandou a cerimônia de abertura e exaltou os participantes, chamando-os de atletas do conhecimento. Ele destacou que o país ocupa a 75ª posição no índice de competitividade global e que a competição tem um papel fundamental para melhorar essa posição. O discurso de Tas foi seguido da entrada, por ordem alfabética, das 26 delegações da olimpíada, representando cada um dos estados brasileiros. A equipe do Distrito Federal, anfitriã, fechou a lista de territórios participantes. Ao todo, quatro grupos representam a capital federal. Para acompanhar a entrada de cada um, foram tocadas músicas que caracterizavam o estilo do grupo. Até o Hino Nacional ganhou arranjo diferente.

Logo depois, o jornalista Iberê Thenório, do canal do YouTube Manual do Mundo, entrou logo depois, apresentando alguns dos projetos idealizados por estudantes do Senai. O primeiro exemplo foi o de dois alunos de Goiás. Eles elaboraram um travesseiro feito com sacolas de plástico descartáveis. “Encontramos uma solução ecológica para um material que é jogado no lixo”, afirmaram. O “plasticeiro” — nome dado ao projeto — pode durar até 100 anos.


Azul realizará, hoje, voo inaugural no Aeroporto Regional Sul

Será nesta quinta-feira, às 13h50min. A nova operação contará com dois voos diários e será realizada com aeronaves Airbus modelo A319, cuja capacidade total é de 144 passageiros (Foto Azul)

A partir de hoje o Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi, em Jaguaruna, terá mais opções de voos.

A nova operação da Azul Linhas Aéreas inicia com o voo inaugural marcado para as 13h30min. Com aeronaves de 144 assentos, a linha vai conectar Jaguaruna com o aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo.

A nova operação contará com dois voos diários e será realizada com os jatos Embraer 195.

Os voos devem também representar aumento nas opções de destinos, já que a companhia oferece mais de 55 opções de ligações a partir de Campinas, para onde voarão as aeronaves com origem em Jaguaruna.

Ontem à tarde, em Florianópolis, lideranças do sul participaram de uma audiência com o secretário de infraestrutura José Carlos Ecker, que repassou informações importantes sobre as mudanças de operação no Aeroporto Regional.

O aeroporto contará com três voos para São Paulo. Além do oferecido atualmente pela TAM às 13h30min, a empresa Azul também passará a operar com duas opções diárias para Campinas. “A vinda da Azul é a consolidação do sul do estado como um dos caminhos de voo, já que esse aeroporto foi idealizado para atender as demandas da região”, afirma o secretário de infraestrutura.

Atualmente, a Latam (anteriormente TAM) mantém voos todos os dias da semana no aeroporto, com exceção das quartas-feiras, com o itinerário S. Paulo-Jaguaruna-S. Paulo.


Estado estuda ampliação e construção do terminal de cargas
O secretário de infraestrutura do estado, João Carlos Ecker, ressalta que o Aeroporto Regional foi projetado para ser um dos maiores do sul do país. A primeira etapa está concluída com a operação de voos. Ecker enfatiza que já iniciam os estudos para a próxima etapa que prevê a ampliação da estrutura e a construção do terminal de cargas. Para isso será necessário o alargamento de pista de 30 para 45 metros e a extensão de 2,5 para 3,5 metros. “Iniciamos ano passado com a Tam que opera muito bem, e agora a Azul transfere seus voos menores de Forquilhinha para voos maiores em Jaguaruna oferecendo mais conforto e segurança. Continuamos os projetos para ampliação do aeroporto”, destaca.

Novos horários

Segunda a sexta
São Paulo (Viracopos): 12h30min / Jaguaruna: 14h

Domingo a sexta
São Paulo (Viracopos): 21h30min / Jaguaruna: 23h

Segunda a sábado
Jaguaruna: 6h20min / São Paulo (Viracopos): 7h40min

Segunda a sexta
Jaguaruna: 14h30min / São Paulo (Viracopos): 15h50min


Fonte Jornal Notisul

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Senado aprova em primeiro turno PEC que prevê fim de coligações

A PEC também reforça a necessidade de os partidos serem fiéis aos programas que apresentarem nas eleiçõesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou hoje (9) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com as coligações partidárias nas eleições proporcionais e institui a cláusula de barreira para os partidos políticos. O texto foi aprovado em primeiro turno e ainda deverá passar por três sessões de discussão antes da votação em segundo turno.

A PEC, de autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também reforça a fidelidade partidária ao estabelecer que políticos eleitos já no pleito deste ano perderão os mandatos caso se desfiliem de seus partidos, bem como suplentes ou vices perdem a possibilidade de atuar como substitutos se também mudarem de legenda.

A proposta também reforça a necessidade de os partidos serem fiéis aos programas que apresentarem nas eleições. A mudança em relação a esses programas constitui ressalva para que os eleitos possam trocar de agremiação sem perder o mandato. Além disso, prevê a possibilidade de eles se unirem em federações, no caso dos partidos com afinidade ideológica, que terão atribuições regimentais nas casas legislativas como se fossem legenda única. As federações poderiam ser desfeitas nas convenções partidárias e não teriam efeitos para contagem de votos nas eleições como no caso das coligações partidárias.

A PEC também estabelece uma cláusula de barreira que divide os partidos políticos em dois tipos: os com funcionamento parlamentar e os com representação no Congresso Nacional. Os primeiros serão os que obtiverem no mínimo 2% dos votos nas eleições gerais de 2018 e 3% nas de 2022. Tais siglas poderão ter acesso a fundo partidário e tempo de rádio e televisão, estrutura funcional própria no Congresso e direito de propor ao Supremo Tribunal Federal (STF) ações de controle de constitucionalidade.

Os partidos com representação no Congresso, mas que não superarem a barreira do número mínimo de votos, terão o mandato de seus eleitos garantidos, embora percam o acesso aos benefícios. Os políticos filiados a eles também terão o direito de mudar de legenda sem perder o mandato. No entanto, os deputados e vereadores que fizerem a mudança não contarão no novo partido para fins de cálculo do tempo de televisão e do Fundo Partidário.

Senadores de oposição, da Rede, PCdoB e PT, tentaram reduzir as cláusulas de barreira para 1% em 2018, 1,5% em 2022 e 2% em 2026, mas a emenda foi rejeitada. Se o texto for aprovado em dois turnos no Senado, ele seguirá para a Câmara dos Deputados, onde ainda poderá ser alterado.

NBC

Napoleão veste toga

O projeto de restauração neoliberal que entrega o espaço brasileiro à gestão dos mercados sem lei já tem seu CEO: Gilmar Mendes

Está aberta a vaga à Presidência da República.

Em seu exercício de entorpecer o discernimento nacional, o oligopólio midiático criminaliza a esquerda, incensa este ou aquele nome e cria a ficção de uma democracia possível, sem direitos sociais e soberania popular.

O que está em jogo?

Por trás do jogo de cena de uma democracia violada e agredida, cuida-se do essencial.

Por essencial entenda-se a entrega do pré-sal e das riquezas nacionais (água, minério, terras); a abertura, sem travas, à especulação financeira; o desmonte das políticas e referências geopolíticas que qualificariam um Estado democrático, popular e soberano, capaz de fazer a diferença no mundo.

A ausência de um plano de desenvolvimento para a oitava maior economia do mundo não é uma falha do golpe oficializado em 31 de agosto último.
 É o seu projeto.

O projeto de restauração neoliberal que entrega o espaço brasileiro à gestão dos mercados sem lei.

O Chief Executive Officer (CEO) dessa empreitada não precisa ---na verdade não pode—ser ungido pelo voto popular.

Suas afinidades e lealdade são com o núcleo duro da cobiça e da ganância econômico que impulsionaram e bancaram o golpe.

A consolidação de uma Presidência no vale tudo da luta fraticida de diretório, dissociada da mediação original da urna, não é, porém, um passeio.

O ‘Bonaparte’ nascido desse Termidor precisará bater forças com a Lava Jato e barganhar com os demais golpistas.

Sem esquecer, claro, a prioridade zero: alimentar a escalada da repressão à esquerda em várias frentes.

Em tempo: a revista Caros Amigos trouxe em sua edição de outubro um excelente perfil do ministro Gilmar Mendes mostrando suas origens e algumas importantes decisões do ministro ao longo de sua trajetória. Clique aqui

Leia matéria completa  Carta Maior - O Portal de Esquerda

Portal da Transparência foi impulsionado depois da edição da Lei 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação. No ano da criação (2011), o portal recebeu 3.369.275 acessos

O número de acessos ao Portal da Transparência do governo federal bateu recorde histórico. Em outubro, o site recebeu 2.229.022 visitas, maior número para o mês, desde seu lançamento, em novembro de 2004.

No acumulado parcial de 2016, o resultado já supera a média de anos anteriores. De janeiro a novembro, a página recebeu 16,6 milhões de visualizações.

A área mais acessada é a de “Despesas Diárias”, com 50% de aumento nos acessos. Os estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul lideram as consultas ao portal.


A iniciativa do Portal da Transparência surgiu há 13 anos com o objetivo de aumentar a transparência da gestão pública e permitir que qualquer cidadão acompanhe e ajude a fiscalizar como o dinheiro público é utilizado. Para facilitar a busca de dados no site, há um manual prático de navegação do portal. Entre os serviços disponíveis estão consultas à movimentação de recursos relativos ao Poder Executivo Federal, informações sobre servidores, cadastro de benefícios sociais e liberação de recursos para convênios do governo federal com os municípios.

O mês de novembro também é o marco de cinco anos de criação da Lei de Acesso à Informação. A lei foi editada para regulamentar o direito constitucional de acesso a informações públicas por qualquer pessoa, física ou jurídica e abrange as ações dos administradores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no âmbito da União, dos estados e municípios.
EBC